Brilhante Crónica do Padre Américo Dias, alusiva a um Homem com "H" Grande.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
JUSTA HOMENAGEM AO GRANDE HOMEM QUE FOI MANUEL COELHO
Brilhante Crónica do Padre Américo Dias, alusiva a um Homem com "H" Grande.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
O ENCERRAMENTO DA ESTAÇÃO DOS CTT DA VILA DO COUÇO
Em Agosto de 2011, no cumprimento das directrizes neoliberais de Sócrates e seus comparsas, visando transformar os CTT numa apetecível e lucrativa empresa para entrega aos privados a preço de saldo, no âmbito da lógica desenfreada de privatizar os lucros e nacionalizar os prejuízos, de que o BPN é um excelente exemplo, a soldo de um capitalismo sem rosto, que usa todos os meios para que os ricos sejam cada vez mais ricos, e os pobres simples peões de um xadrez, cada vez mais desequilibrado em seu desfavor, foi encerrada a Centenária Estação dos CTT do Couço.
O encerramento foi efectuado na senda do encerramento e diminuição de valências dos serviços públicos, que se tem vindo a concretizar com o encerramento das Escolas do 1.º Ciclo, o encerramento dos serviços da Segurança Social e o encerramento parcial e transferência de efectivos do Posto da GNR.
Alegaram os CTT para justificar o encerramento da estação, que a procura dos serviços dos CTT não justificava a manutenção da estação dos CTT no Couço.
Ainda que se admitisse esse facto, o que é discutível, de forma alguma tem justificação o encerramento da estação dos CTT, quanto muito, poderia aceitar-se temporariamente a não abertura em algumas manhãs.
Não seria possível o funcionário prestar, por exemplo, serviço durante algumas manhãs na estação de Mora e de tarde prestar serviço na estação do Couço?
É evidente que uma solução deste tipo não interessa aos senhores administradores dos CTT, e percebe-se porquê!
Os CTT ao pagarem a avença ao videoclube ficam, naturalmente, desonerados de responsabilidades que não lhes interessam:
- Quando a proprietária do videoclube adoece o problema da sua substituição não é dos CTT;
- A assistência à família da proprietária do videoclube é problema desta;
-A proprietária do videoclube não faz greve nem exige aumento de salário;
- A substituição da proprietária do videoclube durante as férias não é problema dos CTT;
- Com a actual conjuntura de crise o videoclube contenta-se com uma miserável avença.
Aquando do encerramento da estação, dizia uma respeitável senhora que o serviço dos correios não passou para a Junta de Freguesia porque o presidente não quis!
A Junta não aceitou e fez muito bem!
Não será a principal função da Junta, zelar pelos legítimos interesses das gentes da freguesia?
A aceitação dos serviços do CTT legitimava o encerramento da estação, e que se saiba, não é missão da Junta de Freguesia ser coveira das valências e serviços públicos existentes, ao contrário do que fez o presidente da câmara, inaugurando os serviços da segurança social na delegação do Couço, mas onde não se presta qualquer serviço da segurança social.
Os CTT ao transferirem os serviços para a Junta de Freguesia não estariam disponíveis para suportarem os custos reais do serviço, pretenderiam, isso sim, pagar uma miserável avença que ficaria muito longe cobrir as despesas inerentes ao serviço, onde se incluem os custos com a funcionária e respectivo seguro das elevadas quantias a movimentar.
No entanto, existe um outro aspecto que não é quantificável em dinheiro, quem é que quer investir e viver numa terra desprovida dos necessários serviços públicos, onde se tratam as pessoas como números que pouco ou nada significam?
Com tão drásticas medidas, não é difícil de adivinhar que tal gente não se incomoda com a desertificação do interior e com as consequências que daí advenham!
Às gentes do Couço resta-lhes não meterem a cabeça na areia, não se alhearem dos seus direitos, mas sim, exercê-los, porque os direitos só se garantem se forem exercidos.
O conformismo leva-nos a caminhos pantanosos de difícil retorno, o povo do Couço merece ser respeitado e não deixará por mãos alheias os pergaminhos que tem na luta pela liberdade, pela democracia e pelos direitos sociais, arduamente conquistados!
O futuro do Couço será o que cada um, como um todo, quiser, e não o que ilegitimamente lhe querem impor.